MÊS DE OUTUBRO – MÊS MISSIONÁRIO
por Manoel Bertoncini
Não
é sem razão que o mês de outubro foi escolhido como mês missionário. Ele não
somente inicia com aquela que foi eleita padroeira das missões - Santa
Terezinha do Menino Jesus – como lembra a chegada dos primeiros missionários à
América, bem como a festa de outros santos que tiveram atuação missionária, e,
sobretudo, as aparições de Maria, no Brasil e em Portugal.

Meu
objetivo aqui é ajudá-lo a lembrar, brevemente, sobre cada um deles, deixando a
você a oportunidade de se aprofundar em cada uma das referências.
Neste
sentido, temos, no dia primeiro, Santa
Terezinha do Menino Jesus, ou Santa
Terezinha de Lisieux, pois foi no Carmelo ou clausura desta cidade que ela
entrou aos 15 anos, por autorização especial do Papa, e só saiu para o encontro
com Deus, e de onde, através de sua intensa vida espiritual, da oferta das
pequenas ações cotidianas e profunda união com Jesus, que acabou recebendo o
título de protetora de todos os missionários.

Dia
04 festejamos
São Francisco de Assis que,
embora não seja lembrado tipicamente como missionário, não temos dúvida de que
o seu exemplo de vida, de entrega total a Deus, de pobreza e humildade, falam
mais que mil homilias. Ele seguiu ao pé da letra a resposta de Jesus à
indagação do jovem rico: ”se queres ser perfeito, vá, vende tudo que tens, dá
aos pobres, vem e segue-me”.

Dia
08 celebramos a festa de
São Luiz
Beltran, padroeiro da Colômbia, que deixou a Espanha para levar a mensagem
evangélica ao povo colombiano, em especial aos índios achacados de suas terras,
e aos negros trazidos como escravos da África, por quem lutou e tentou proteger
em seus direitos básicos. Por isso sofreu vários atentados contra sua vida por
parte de fazendeiros e traficantes humanos, superando a todos sem se abater.
Fazendo
um parêntesis, no dia 12 de outubro de 1492 a América é descoberta por
Cristóvão Colombo, que chega a San Salvador com as caravelas Santa Maria, Pinta
e Nina, financiadas pelos reis católicos de Aragão e Castela, trazendo consigo
os primeiros missionários, ainda que se destinasse às Índias.
Dia 12 tem
lugar a padroeira do Brasil, Nossa
Senhora da Conceição Aparecida, que, exercendo seu papel de mãe, aparece em
1717 no país verde, azul e amarelo na pele preta daqueles filhos que estavam
sendo ultrajados, tratados como animais, na tentativa de nos lembrar que somos
todos irmãos em Cristo, e que por isso Ele deu a vida para todos,
indistintamente. Daqui a dois anos vamos completar três séculos desse feito. E
devemos fazê-lo com muita alegria, mas também com muita preocupação,
principalmente pelos rumos que nosso país está tomando, com uma profunda crise
moral e de desrespeito ao próximo, que se abateu nesses últimos anos, onde a
vida humana parece ter perdido o seu valor.

No
dia 13, ainda acalentados pela festa da Mãe Aparecida, somos guindados a
lembrar de
sua última aparição em
Fátima, Portugal, em 1917, quando a humanidade se destruía com a Primeira
Guerra Mundial. Diante de aproximadamente 100.000 pessoas, ela dá o testemunho
de seu poder como mãe de Deus, fazendo o sol se precipitar e girar por cima
daquela gente apinhada, muitos dos quais apenas curiosos e descrentes, como,
aliás, muitos que fazem questão de negar tal acontecimento, ocorrido diante de
tantos. Mas o que não podemos esquecer é da insistência de Maria à reza do
Terço diariamente. Fazemos isso?
Diante
de tantas evidências por parte de Deus e de sua Mãe em relação ao mês de
outubro,
a Igreja Católica sempre definiu este mês como
mês missionário, e, neste ano, o terceiro final de semana como dia MUNDIAL DAS
MISSÕES (17/18).
Cabe,
no entanto, a nós, cristãos católicos, não ficarmos somente com as datas e as
referências históricas, nem com a descrição dos feitos de cada personagem, como
meros acréscimos em nosso cabedal de conhecimento, mas o de respondermos, com
gestos e ações, ao convite do Mestre, de SERVIRMOS ao próximo, onde quer que
estejamos: na nossa casa, no nosso trabalho, na nossa comunidade, no nosso
país.
Cristo
faz seu convite a todos, sem qualquer distinção de nenhuma espécie. Mas nosso
coração deve estar totalmente aberto para receber tudo que ele nos quer falar.
E isso só conseguiremos com muita oração, meditação e disponibilidade à sua
Mensagem.