sábado, 31 de outubro de 2015

MÊS DE NOVEMBRO NA IGREJA 

por Anselmo Ramos


O mês de novembro na igreja é marcado por importantes momentos de reflexão e celebração. 

Logo no primeiro dia do mês a igreja celebra a "Festa de Todos os Santos". A liturgia desta solenidade traz na primeira leitura um trecho do livro do apocalipse, onde São João tem uma linda visão do céu, com Jesus sentado no trono tendo diante de si uma multidão incontável, trajando vestes brancas. "Estes são os que vieram da grande tribulação; lavaram e alvejaram suas vestes no sangue do cordeiro". 

É com essas palavras que o ancião informa a João quem são aquelas pessoas que estão diante do trono. A festa de todos os santos é então a celebração da vida eterna junto de Deus, e nos traz a certeza de que seguindo Seu caminho nesta terra, chegaremos um dia a ser contados entre essa multidão que hoje já faz parte da igreja triunfante. 

No dia seguinte a todos os santos celebramos o Dia de Finados, ou o Dia dos Fiéis Defuntos, que é quando rezamos por todos os que já foram tirados do nosso convívio. 



Existe uma diferença entre as palavras finados e defuntos. A primeira significa "aquilo que findou", aquilo que acabou"; a segunda vem do latim e significa "aquele que cumpriu a missão", "aquele que desempenhou completamente". Conforme o ensinamento da igreja, aqueles que partem não se extinguem, apenas concluem sua passagem por esta vida. 
O Dia dos Fiéis Defuntos, portanto, é o dia em que a igreja celebra o cumprimento da missão das pessoas queridas que já faleceram, através de preces a Deus por seu descanso junto a Ele. É o dia do amor, porque amar é sentir que o outro não morrerá nunca, mesmo que esteja distante; amar é saber que o outro necessita de nossos cuidados e de nossas preces mesmo quando já não o podemos ver. Pois a vida cristã é viver em comunhão íntima com Deus e com os irmãos, agora e para sempre. Nisso consiste a comunhão dos santos. 

Outra festa importante no calendário litúrgico católico é a Festa de Cristo Rei, que é celebrada no último domingo do ano litúrgico. No domingo seguinte já entramos no advento e, portanto, num novo ano litúrgico. Começamos o ano nos preparando para o nascimento de Cristo e terminamos celebrando-o como Rei do Universo. Ele é o alfa e o ômega, o princípio e o fim de todas as coisas. A festa de Cristo Rei foi criada pelo papa Pio XI em 1925. Instituiu que fosse celebrada no último domingo de outubro. Agora, na reforma litúrgica passou ao último domingo do ano litúrgico como ponto de chegada de todo o mistério celebrado, para dar a entender que Ele é o fim para o qual se dirigem todas as coisas.

quarta-feira, 14 de outubro de 2015


MÊS DE OUTUBRO – MÊS MISSIONÁRIO

por Manoel Bertoncini


                Não é sem razão que o mês de outubro foi escolhido como mês missionário. Ele não somente inicia com aquela que foi eleita padroeira das missões - Santa Terezinha do Menino Jesus – como lembra a chegada dos primeiros missionários à América, bem como a festa de outros santos que tiveram atuação missionária, e, sobretudo, as aparições de Maria, no Brasil e em Portugal.
Meu objetivo aqui é ajudá-lo a lembrar, brevemente, sobre cada um deles, deixando a você a oportunidade de se aprofundar em cada uma das referências.
Neste sentido, temos, no dia primeiro, Santa Terezinha do Menino Jesus, ou Santa Terezinha de Lisieux, pois foi no Carmelo ou clausura desta cidade que ela entrou aos 15 anos, por autorização especial do Papa, e só saiu para o encontro com Deus, e de onde, através de sua intensa vida espiritual, da oferta das pequenas ações cotidianas e profunda união com Jesus, que acabou recebendo o título de protetora de todos os missionários.

                Dia 04 festejamos São Francisco de Assis que, embora não seja lembrado tipicamente como missionário, não temos dúvida de que o seu exemplo de vida, de entrega total a Deus, de pobreza e humildade, falam mais que mil homilias. Ele seguiu ao pé da letra a resposta de Jesus à indagação do jovem rico: ”se queres ser perfeito, vá, vende tudo que tens, dá aos pobres, vem e segue-me”.

Dia 08 celebramos a festa de São Luiz Beltran, padroeiro da Colômbia, que deixou a Espanha para levar a mensagem evangélica ao povo colombiano, em especial aos índios achacados de suas terras, e aos negros trazidos como escravos da África, por quem lutou e tentou proteger em seus direitos básicos. Por isso sofreu vários atentados contra sua vida por parte de fazendeiros e traficantes humanos, superando a todos sem se abater.

Fazendo um parêntesis, no dia 12 de outubro de 1492 a América é descoberta por Cristóvão Colombo, que chega a San Salvador com as caravelas Santa Maria, Pinta e Nina, financiadas pelos reis católicos de Aragão e Castela, trazendo consigo os primeiros missionários, ainda que se destinasse às Índias.

Dia 12 tem lugar a padroeira do Brasil, Nossa Senhora da Conceição Aparecida, que, exercendo seu papel de mãe, aparece em 1717 no país verde, azul e amarelo na pele preta daqueles filhos que estavam sendo ultrajados, tratados como animais, na tentativa de nos lembrar que somos todos irmãos em Cristo, e que por isso Ele deu a vida para todos, indistintamente. Daqui a dois anos vamos completar três séculos desse feito. E devemos fazê-lo com muita alegria, mas também com muita preocupação, principalmente pelos rumos que nosso país está tomando, com uma profunda crise moral e de desrespeito ao próximo, que se abateu nesses últimos anos, onde a vida humana parece ter perdido o seu valor.

No dia 13, ainda acalentados pela festa da Mãe Aparecida, somos guindados a lembrar de sua última aparição em Fátima, Portugal, em 1917, quando a humanidade se destruía com a Primeira Guerra Mundial. Diante de aproximadamente 100.000 pessoas, ela dá o testemunho de seu poder como mãe de Deus, fazendo o sol se precipitar e girar por cima daquela gente apinhada, muitos dos quais apenas curiosos e descrentes, como, aliás, muitos que fazem questão de negar tal acontecimento, ocorrido diante de tantos. Mas o que não podemos esquecer é da insistência de Maria à reza do Terço diariamente. Fazemos isso?

Diante de tantas evidências por parte de Deus e de sua Mãe em relação ao mês de outubro, a Igreja Católica sempre definiu este mês como mês missionário, e, neste ano, o terceiro final de semana como dia MUNDIAL DAS MISSÕES (17/18).

                Cabe, no entanto, a nós, cristãos católicos, não ficarmos somente com as datas e as referências históricas, nem com a descrição dos feitos de cada personagem, como meros acréscimos em nosso cabedal de conhecimento, mas o de respondermos, com gestos e ações, ao convite do Mestre, de SERVIRMOS ao próximo, onde quer que estejamos: na nossa casa, no nosso trabalho, na nossa comunidade, no nosso país.


                Cristo faz seu convite a todos, sem qualquer distinção de nenhuma espécie. Mas nosso coração deve estar totalmente aberto para receber tudo que ele nos quer falar. E isso só conseguiremos com muita oração, meditação e disponibilidade à sua Mensagem.

sexta-feira, 2 de outubro de 2015




"A missão é servir”: 

por Almir Martins


Irmãos e irmãs em Cristo!

Neste mês de outubro em que rendemos homenagem a Nossa Senhora Conceição, modelo de "Serva do Senhor", na dimensão de "Senhora Aparecida", ela que foi Servidora modelo dos cristãos, somos convidados a estarmos em missão servindo os irmãos mais necessitados. 

“A missão é servir” é o tema escolhido pelas Pontifícias Obras Missionárias (POM) do Brasil para a Campanha Missionária 2015 que se realizará em todas as dioceses do país, como também aqui na Diocese de Tubarão. A reflexão para o mês missionário, celebrado em toda a Igreja, segue a proposta da Campanha da Fraternidade, deste ano, que tem como tema “Fraternidade: Igreja e sociedade. Eu vim para servir”.

O lema slogan da Campanha Missionária 2015: “Quem quiser ser o primeiro, seja o servo de todos” é baseado no Evangelho de Marcos (Mc 10, 44) e quer nos ensinar neste mês outubro que "em que Cristo concentra no serviço, o perfil de seus discípulos missionários".

“Servir é uma das palavras que usamos na missão. Não existe missão, se não tiver serviço, porque o serviço dá sentido à missão”, disse à Agência Fides o Diretor Nacional das Pontifícias Obras Missionárias (POM) do Brasil, Pe. Camilo Pauletti, ao explicar a escolha do tema. 

Normalmente o tema da Campanha Missionária acompanha o da Campanha da Fraternidade, com exceção nos anos em que se realiza um congresso missionário específico, com sua própria temática.

“As Pontifícias Obras Missionárias, tem o carisma de olhar para a dimensão missionária como um todo. 
Assim, a Igreja e as Obras Missionárias esperam que o espírito e a solidariedade missionária incentivem os cristãos, todos os batizados e as Igrejas particulares a pensarem na obra missionária em todas as partes. “Assim é uma Igreja em saída, como diz o Papa Francisco, que olha não só para si, mas vai além de si mesma”.

Que nós da Paróquia Imaculada Conceição de Imbituba, possamos neste outubro a encarnar e por em prática o espírito missionário na certeza de que " A MISSÃO É SERVIR"